domingo, 31 de julho de 2011





Tempestade



Com clarões rasgando o céu,



chegou temerosa, fria, caudalosa.



Arrastando as folhas de minha vida,



lá se vão páginas, rabiscos desenhados com o coração.



Manchados, espalhados...



Despedaçado meu coração.



Barulhos ensurdecedores



encobrem o som mágico da folhas,



não querem voar, não querem se perder.



Ofuscou o sol,



apagou caminhos floridos,



lavou refúgios.



Desembrulhou dores.



No silêncio que se fez,



surgiu um luz, cortou a tempestade,



Iluminou minha vida.



Desponta um caminho,



nasce no emaranhado de um trilho,



uma flor, uma vida.


Phros


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