sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Primavera!

Natureza se vestindo de cores.
Perfumando a brisa.
Sendo bordada de flores.

Verde matizado.
Pássaros precipitando-se ao céu.
Borboletas que bailam no gramado.

A natureza em comunhão.
Vida em profusão.

domingo, 10 de junho de 2012



Arteira eu sou...

Sou arteira,

Faço artes,

Faço manha.

De olhos marejados,

Joelhos ralhados,

rosto corado,

Jogo tinta nas minhas bagunças.

Pincelo nuvens rechonchudas,

Adorno flores,

Borboletas sapecas.

Sou arteira,

Sujo as mãos

Com cores da terra.

Mergulho com o vento

No espaço do tempo,

Risco traços,

Buscando a arte.

Sou arteira,

Um pouco matreira.

Na telas da vida

Encontro o meu viver.

E nesse ir e vir,

De minhas cores

sou namoradeira,

uma eterna arteira.



quinta-feira, 7 de junho de 2012



Pecado é...


(Participação na Ciranda com Ilze Soares )




Pecado é não viver...

é deixar a criança em você morrer.



É não ver o brilhar de um amanhecer,

é não sentir o respingar do orvalho,

e o frio do anoitecer.



Pecado é...

caminhar como sonâmbulo,

e não se descobrir,

é viver envergado

e deixar a paisagem correr sem admirar.




Pecado é...

se negar a ser feliz

e fazer do mundo um lugar infeliz.



terça-feira, 27 de março de 2012



Sou um palhaço

Mas quem sou?

De nariz vermelho,

cara pintada,

ou um rosto lavado?

Roupa colorida,

sapato desengonçado

colarinho engomado.

Cabelo desarrumado.

Sou um palhaço,

brinco no picadeiro

pulo, grito,

faço gargalhar

e choro no circo da vida.

Mas quem sou eu?

sou o palhaço que brinca no circo.

Escondo no largo sorriso

dor que dói n’alma

e deixo escorrer no rosto uma lágrima colorida,

Pois sou um palhaço.


segunda-feira, 12 de março de 2012



Somente frases sem rimas.

O que posso dizer em frases que não rimam?

Um pouco de mim?

De meus sentimentos?

Do amor outrora apaixonado?

Do espaço em que vivo?

Do que sentem por mim?

Não sei!

São somente frases que não rimam.

Talvez possa escrever sobre meus pensamentos.

Ah! Não sou poeta,

não tenho o dom de escrever palavras rebuscadas,

de rimas com sabedoria.

De escrever sonetos e poesia.

Não sou letrada, conhecedora de um vasto vocabulário.

E onde ficam as virgulas? os pontos e virgulas?

O que sei, somente sei, é que o que sinto.

Não viajo a busca da rimas.

Só sei desse sentimento que deixa minha mão correr pelo papel.

Só sei que escrevo o que de relance vem ao meu coração,

sentimentos trazidos pela emoção do momento vivido.

Nessas frases sem rimas,

deixo minha emoção fluir,

muitas vezes sem nexo ,

em um rolar vão as palavras

tentando soletrar o que diz o coração.

Sei, há por perto uma energia pura magia,

acredito, que em nebulosa vem ela como fada madrinha

E tal qual luz me faz libertar em palavras o que guardei de minha vida.

Por isso não busco nas rimas de palavras bonitas

e bem escritas o que minha alma me diz,

Somente uso palavras de criança aprendiz,

criança que somente escreve por querer ser feliz.


quinta-feira, 8 de março de 2012



No correr do tempo.
Vejo me como notas em uma suave melodia .
Como se eu passeasse em teclas de piano
ou subisse alto em um arco de violino,
retornando calma e tranqüila
no findar do dia.

Nas notas que mudam e se harmonizam
procuro me sintonizar.
Não quero me confundir em um tempo corrido.
Não quero passar pelo tempo e não ter vivido.

Sigo o som, me harmonizando no tom,
descendo suavemente na canção de um saxofone,
e dobrando a barreira do som.

E o tempo segue em seus passos vagarosos
Transformando, moldando,
deixando marcas nos rostos.
Se mostrando nos passos cansados
outrora ativos, efusivos.

Sigo vivendo , vou sabiamente,
Caminhado com o velho tempo.
Permitindo ser moldada e transformada
como suave nota melódica
rabiscada em uma partitura de uma canção.

domingo, 26 de fevereiro de 2012



Devaneios

Hoje vesti uma fantasia,

nela havia lembranças,

de um sonho não vivido.

Entre tantas imagens

viajei em um mundo colorido.

Pirilampos, fadas e grilos

eram meus acompanhantes.

Romantizei e escapuli

de um mundo dolorido.

Fui figurante ,fugi

de uma multidão enlouquecida.

Bati asas entre pombos e pousei suave

em uma nuvem cor de marfim.

E desses devaneios

retorno ao meu mundo

E o pincelo de cores vividas.

Busco asas delicadas

e procuro voar nesse mundo bandido.